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Simbologia sobre o Caminho de Santiago

Concha ou Vieira

É por excelência um dos símbolos do Caminho de Santiago e hoje a “prova” da realização do caminho. Existem diferentes versões sobre a origem da concha como símbolo das peregrinações a Santiago. Uma delas considera que a concha passou a chamar-se “Concha de Santiago”, porque quando os peregrinos chegavam a Santiago de Compostela recebiam um pergaminho e colocavam sobre o chapéu ou sobre a capa uma concha que, entre outras coisas, demonstrava a sua presença em Santiago de Compostela. Servia também como prova, pela realização de um mérito pessoal, no regresso dos peregrinos à sua terra. Houve tempos em que a comercialização das conchas fora da cidade de Santiago de Compostela foi proibida, sob ameaça de excomunhão por parte da Igreja Católica. Nos dias de hoje é comum ver-se peregrinos com este elemento simbólico nas suas mochilas, embora, por desconhecimento, a vieira deverá ser adquirida na chegada a Santiago de Compostela simbolizando, desta forma, a conclusão do seu Caminho.

Vieira Estilizada

Símbolo universal como identificação do Caminho de Santiago. Sendo um elemento de identificação, representa esquematicamente a convergência dos vários caminhos europeus para a cidade de Santiago de Compostela. Em algumas situações, a vieira estilizada, para além de elemento identificador, pode assumir-se como elemento orientador do percurso para o peregrino. Neste último caso, a aplicação deste símbolo poderá ser posicionada mediante a direção a seguir.

Cruz de Santiago

A cruz de Santiago é uma cruz latina simulando um lírio em forma de espada. Acredita-se que tenha tido origem no tempo das cruzadas, quando os seus cavaleiros usavam pequenas cruzes com a parte inferior afiada para pregá-las no chão e realizar devoções diárias. Os três lírios representam a honra irrepreensível que se refere a traços de carácter moral do apóstolo Tiago. A espada representa o carácter nobre de São Tiago e o modo como foi martirizado, decapitado por uma espada. Também pode simbolizar, em certo sentido, tomar a espada em nome de Cristo. Em particular é o emblema do séc. XII da Ordem de Santiago, com o nome em referência ao santo padroeiro da Espanha, Santiago.

As setas amarelas

O pároco Elías Valiña Sampedro de “O Cebreiro”, autor de um guia do Caminho constatou que os peregrinos se perdiam muitas vezes, então teve uma ideia que marcou para sempre o “Caminho”: pediu os restos de tinta a uns trabalhadores que pintavam a estrada e começou a pintar setas amarelas nos caminhos, árvores, pedras e em casas para indicar o caminho correto. Estas setas, agora mundialmente conhecidas, são o sinal mais importante do Caminho de Santiago.

Desde o Porto vai encontrar sempre as indicações que o encaminharão até Santiago. Em Portugal são representadas com setas amarelas. Em Espanha, além destas setas, vai encontrar setas amarelas com fundo azul e azulejos com a Vieira que indicam o caminho a seguir e os quilómetros que faltam para chegar.

Credencial do peregrino

É o documento que identifica o Peregrino ao longo de todo o Caminho, dando-lhe acesso aos albergues. Durante o Caminho vá recolhendo os carimbos, nos albergues, igrejas, entidades públicas ou comerciais para comprovar o seu percurso. Aconselha-se a recolher, pelo menos 3 carimbos por etapa. Deve apresentar a sua credencial na chegada a Santiago, na Oficina do Peregrino, onde irão autenticar e validar o Caminho efetuado e, é nessa altura que recebe a sua Compostela.

Compostela

A Compostela é um certificado outorgado pelo Secretário Capitular que comprova o cumprimento da Peregrinação. Para a receber terá de apresentar a Credencial do Peregrino que comprova que percorreu pelo menos 100 Km a pé ou a cavalo ou 200 Km de bicicleta.