As raízes desta terra estão desde sempre ligadas ao mar, funcionando a ampla e acolhedora enseada natural como um espaço privilegiado para a pesca, comércio de cabotagem e construção naval. A comunidade aqui instalada recebeu Foral de D. Dinis, em 1308, e de D. Manuel, em 1514, envolveu-se na aventura do Império Português, manteve conflitos com poderosos vizinhos para afirmar o seu território e autonomia, mas foi sempre na pesca que alicerçou o seu sustento, tendo-se convertido na maior praça de pescado marítimo do norte e centro do país, durante os séculos XVIII e XIX.
Os proventos da pesca sustentaram a expansão urbanística e levaram ao embelezamento da urbe através da qualificação de espaços públicos e de equipamentos, onde merecem destaque os associados ao turismo e lazer. Estes aumentaram a atratividade da Póvoa, reforçando a sua importância como estância balnear, fenómeno documentado desde finais do século XVIII e que se acentuou fortemente nas centúrias seguintes.
Na atualidade o mar mantém-se a personagem central da cidade que se estrutura em função da sua presença. É na proximidade do extenso areal que bordeja o limite oeste da cidade que se concentram os principais equipamentos onde se combinam a diversão, a cultura e o desporto, testemunhos de uma cidade moderna, dinâmica, empreendedora, onde se usufrui de boa qualidade de vida.